quarta-feira, 29 de junho de 2011

A SERENIDADE E O COMPROMISSO NA EDUCAÇÃO NOS ANOS INICIAIS

Falar do riso que está no meio do sério é tarefa difícil  e também importante que em principio  percebe-se um contraste. O riso tem funções relevantes na formação do pensamento que relativiza,  e democratiza situações pendentes que até então estavam alheias ao entendimento do coletivo em relação o uso da linguagem na compreensão de saberes para uma determinada situação. O riso questiona hábitos e as práticas comuns da linguagem. Pois o riso poliniza com o sério e dialoga com linguagem crítica envolvendo o mundo na compreensão, no domínio, com uma linguagem enaltecida e aprovada que não duvida de si mesma. O riso tira a máscara  dessa linguagem, retira-se de seu espaço de seus  esconderijos e expõe ao olhar como na verdade ela é.
O riso desconstrói as certezas e principalmente a certeza que estabelece a consciência presa: a certeza de si . Só o riso permite que o espírito voe bem alto sobre si mesmo.O riso quando entendido como componente irônico, supõe sempre olhar ótico sobre si mesmo.
O irônico, segundo o define Rorty, esse saqueador mascarado do melhor romantismo literário alemão, seria aquele que nunca é suficientemente capaz para se levar a sério, a si mesmo, porque sempre está consciente de que  os termos em que se descreve  a si mesmo estão submetidos à mudança, á continência e a fragilidade de seu vocabulário final e, portanto, de si mesmo ou nas palavras de Cortazar, aquele que mantém sempre o sentimento de não estar inteiramente, nem se quer em si mesmo.
Os anos iniciais eu acredito que, são alicerces para uma boa estrutura do Ensino Fundamental, Médio, e Superior. Pois na minha época de eu estudante nas séries iniciais, ensinava-se nas escolas, muitas coisas que a gente nunca iria usar, depois na vida inteira. Fui obrigada a aprender muita coisa que não era necessário, que  eu poderia ter aprendido depois, quando e se a ocasião e sua necessidade exigisse. É como se ensinasse a velejar a quem mora  no alto das  montanhas. Nunca usei remo ou logaritmo, nunca tive oportunidade de usar meus conhecimentos sobre as causas da guerra dos cem anos etc.
Quando comecei a trabalhar com alunos dos anos iniciais percebi a necessidade de tanto alfabetizá-los como  letrá-los, dando oportunidades de na medida do possível adquirem conhecimentos necessários ao seu crescimento.
Dessa forma vou buscando alternativas, vendo a emergência do meu esforço, enfrentando muitos desafios e vencendo-os. Eu como professora preciso estar sempre conquistando  mais saberes para com os meus alunos, juntos, avançarmos nos conhecimentos.
Nessa minha trajetória no projeto UCA estou enfrentando desafios, aprendendo muito junto com os meus alunos. Estamos avançando, descobrindo, desconstruindo e construindo idéias e pensamentos... está sendo muito produtivo. Senti-me, por algumas vezes, incapaz, preocupada, achando que jamais conseguiria desenvolver o referido projeto que acreditava complexo. Mas com muita insistência, pela necessidade de  adquirir mais conhecimento, nessa perspectiva, e também para poder teorizar com a minha prática docente estou superando as várias dificuldades.
Vou seguindo em frente buscando mais saberes, aprendendo, praticando, relacionando o riso com o sério, militando, crendo..., sabendo que o riso  traz a desordem apenas para instaurar uma nova ordem.
 Quero ser sempre otimista, acreditando na potencialidade dos meus alunos, sendo capaz de exercer uma influência benéfica, como um todo e em cada aluno estar sempre possibilitando um clima saudável, uma imaginação criadora e atitudes construtivas. 

Refexão sobre o texto, O riso na escola, de Jorge Larrosa

                                                                          Lana Sobreira Menezes

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