domingo, 28 de agosto de 2011

SOMOS FILHOS DO BRASIL, NETOS DO MUNDO (literatura de cordel)

O projeto que estamos desenvolvendo na escola Duque de Caxias que tem por tema: Somos filhos do Brasil, netos do Mundo, está sendo muito produtivo. Na terça-feira próxima passada aconteceu uma gincana onde os alunos demonstraram suas habilidades sobre vários conhecimentos. Destaco aqui a produção e a leitura de um cordel, um dos ítens da programação. Durante algumas semanas os meus alunos produziram vários textos com o tema proposto e depois foi escolhido um, o qual foi apresentado por eles, numa peça teatral, todos caracterizados de cordelistas. Veja:


SOMOS FILHOS DO BRASIL, NETOS DO MUNDO

Preste muita atenção
No que agora vou dizer
Respeitar o ser humano
É o nosso grande dever
Uma boa relação
É preciso acontecer

Respeitar os seus direitos
É dever do cidadão
Ponha a mão na consciência
E ao racismo diga não
É uma grande  violência
Discriminar o irmão

O indígena e o africano
Para nossa sociedade
Deram uma grande riqueza
Falo com sinceridade
Sua culinária e sua Língua
Nos enobrece de verdade

Combater o racismo
É dever do cidadão
Respeitar as diferenças
É valorizar o seu irmão
É dar as mãos e andar junto
Sem a tal discriminação

Praticar  o racismo
É uma coisa medonha
Deixa feia a nossa Pátria
E também nos envergonha
Pense e mude a tal prática
Isso na consciência ponha

É preciso muita força
Para isso tudo mudar
O racismo é um preconceito
Isso vai ter que acabar
Depende de cada um
Pra essa história mudar

Para um mundo melhor
Sem  o tal preconceito
Sabendo que cada um
Tem obrigação e direito
É preciso todo mundo
Encher de amor o peito

Deve existir harmonia
Entre todos os irmãos
Seja qual for sua raça
É preciso dar as mãos
E respeitar um ao outro
Pois todos somos irmãos

O preconceito maléfico
Causa injustiça,empatia
É  falta de respeito
Cria uma relação vazia
Para isso amenizar
Espalhe amor e alegria

Acabar a guerra entre valores
Vamos pensar no assunto
Todos num só pensamento
No coração amor profundo
Pois somos filhos do Brasil
E também netos do mundo


                                          Produção coletiva 
                                        Professora Lana Sobreira
                                        E alunos do 3° Ano 
                                       Escola Duque de Caxias








sábado, 27 de agosto de 2011

A APRENDIZAGEM ESTÁ FLUINDO

A aprendizagem está fluindo de uma maneira satisfatória, haja vista, estamos trabalhando com pedagogia de projetos...

sábado, 6 de agosto de 2011

O PERFIL DA ESCOLA NO CONTEXTO SOCIAL E CULTURAL


O perfil da escola vem se configurando cada vez mais em um espaço social, pois a definição e a forma de organizar os conteúdos que devem fazer parte do seu projeto pedagógico vem se caracterizando pela eleição de critérios ligados não só a necessidade de ter acesso aos conhecimentos historicamente construídos para compreender criticamente, a realidade, refletindo sobre ela e favorecendo a construção de uma identidade cidadã.
Segundo os PCN, “a função socializadora da escola remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural.É nessa dupla determinação que os indivíduos se constroem como pessoas iguais, mas,ao mesmo tempo,diferentes de todas as outras. Iguais por compartilhar com outras pessoas um conjunto de saberes e formas de conhecimento que, por sua vez, só é possível graças ao que individualmente se puder incorporar. Não há desenvolvimento individual possível à margem da sociedade, da cultura. Os processos de diferenciação na construção de uma identidade pessoal e os processos  de socialização que conduzem a padrões de identidade coletiva constituem, na verdade, as duas faces de um mesmo processo”.
A teoria curricular não pode se preocupar apenas com a organização do conhecimento escolar, nem pode encarar de modo ingênuo o conhecimento recebido. O currículo existente, isto é, o conhecimento organizado para ser transmitido nas instituições educacionais, passa a ser visto  não apenas como implicado na produção de relações assimétricas de poder no interior da escola e da sociedade, mas também como histórica e socialmente contingente. O currículo é uma área contestada, é uma arena política. É para um breve mapeamento das questões e temas que continuam centrais na Teoria Crítica e na Sociologia do Currículo.
A teorização crítica, de certa forma, continua essa tradição. A educação e o  currículo são vistos como profundamente envolvidos com o processo cultural. Entretanto, há diferenças importantes a serem enfatizadas. De forma geral, a educação e o currículo estão, sim, envolvidos com esse processo, mas ele é visto, ao contrário do pensamento convencional, como fundamento político.
As profundas relações entre currículo e produção de identidades sociais e individuais,tantas vezes destacadas na teorização crítica, têm levados os educadores e educadoras engajados nessa tradição, a formular projetos educacionais  e curriculares que se contraponham às características que fazem com que o currículo e a escola reforcem as desigualdades da presente estrutura social.
 Os educadores brasileiros se mobilizam em grandes reuniões de estudos e debates em torno de uma atuação pautada não apenas no aspecto técnico, mas também no político, observando o caráter ideológico da educação e a necessidade de fortalecer  a escola pública.  A problematização do currículo escolar adotada como foco central das análises da Nova Sociologia da Educação fornece elementos essenciais para o trabalho do professor em sala de aula e para os estudiosos do currículo de maneira geral. Ao colocar em questão o próprio processo pelo qual um determinado tipo de conhecimento passa a ser considerado como digno de ser perpassado pela escola evidencia a função social do currículo, que deixa de ser um dado natural, indiscutível, para mostrar-se como instância vinculada à estratificação do conhecimento produzido na sociedade. Na dinâmica curricular, os saberes se constroem pela articulação de referências teóricas disponibilizadas pelo currículo com referências outras construídas nos diversos espaços de aprendizagem vividos pelos sujeitos do currículo.
O acontecer do currículo envolve os sujeitos que possibilitam sua realização, considerados aqui como os sujeitos do currículo. Esses sujeitos são, especialmente os estudantes, ou alunos, ou aprendentes, enfim, aqueles que se encontram em processo de formação.Também são sujeitos do currículo os professores, ou ensinantes e demais profissionais envolvidos na dinâmica curricular.
É possível afirmar, portanto, que a construção de propostas curriculares para a educação estão inseridas num processo social amplo e multifacetado.
A política curricular governa as decisões gerais e se manifesta numa certa ordenação jurídica e administrativa. A política sobre o currículo é um condicionamento da realidade prática da educação. A realidade do currículo não se mostra  em suas modelagens documentais nos projetos pedagógicos, mas na interação, no multiculturalismo, na relação professor-aluno e professor-escola. Os desafios são grandes e é preciso que  sejam resolvidos  de forma explícita tendo em vista a diversidade e a realidade educacional.
É interessante que o aprendiz esteja sempre em contato com as diferentes aproximações do processo de ensino-aprendizagem e seja capaz de descobrir suas limitações e contribuições, bem como  fortalecer a consciência de que nenhuma teoria esgota a complexidade do real e que o processo de conhecimento está em contínua construção.
 O relacionamento com o mundo global, se dá à chegada das tecnologias da informação e da comunicação nos cenários educacionais que de alguma maneira impõe, o campo do currículo e as práticas curriculares a entrar no mérito das possíveis mediações estruturantes que essas tecnologias podem implementar.
Em relação o pluralismo cultural, os profissionais de educação necessitam desenvolver práticas educativas que considerem todas as dimensões e competências humanas potencializadas nos aprendentes. Ou seja, essas práticas necessitam levar em conta o contexto social e cultural em que  as pessoas que aprendem e suas famílias estão inseridas.
Os estudantes devem ser vistos na dimensão de sujeitos-históricos. É preciso assimilar que não existe ser humano universal: são grupos diversos de pessoas de idades e culturas variados procedentes desta ou daquela região, pertencentes  a este ou aquele grupo familiar.
É preciso ter conhecimento da concepção teórica escolhida na construção da proposta curricular para fundamentar o trabalho didático com praticidade e flexibilidade.

Reflexão feita sobre os textos, A revisão da Didática,
Candau,V.M. ( org ) A didática em questão. Petrópolis, Vozes,1984.
Escola reflexiva
Alarcão,1.Profissionalização docentes em construção.In: Anaís II Congresso. Porto Alegre: Edições ULBRA,1999. p.109.118.
 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE PROJETOS

O aprendizado está fluindo, percebe-se ao observar a produtividade através de avaliação. No início do projeto, UCA, foi feito o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos e depois de alguns meses foi detectado um  avanço significativo.
Trabalhar com projetos é uma maneira imprescindível para sistematização dos conteúdos programados pelo fato das  possibilidades que um projeto proporciona em relação ao encaminhmento e as várias situações de resolução. Concordo com a afirmação seguinte:
 Machado(2000) afirma que projetar é um dos traços mais característicos da espécie humana. "Sonhos, ilusões, e particularmente utopias são essenciais para alimentar a imaginação no caminho para a elaboração de projetos. É justamente o caráter operatório dos projetos que os distingue com mais nitidez das utopias: enquanto sempre se apresenta munidos de elementos operatórios que instrumentalizam  as ações transformadoras e apontam no sentido da sua realização, uma utopia não considera sequer a discussão sobre os caminhos ou a possibilidade de sua realização".
Estamos trabalhando  com o projeto UCA, um de poesia, e outro projeto sobre Cultura e Identidade, enfocando a comunicação para a igualdade Étnico- racial, que tem por título: Somos filhos do Brasil e netos do Mundo.
É um tema que veio fortalecer a consciência dos alunos e dos seus familiares, em sua grande parte, em relação ao preconceito, especificamente, o racismo, que é um tipo de preconceito inceitável pois apesar de tanta informação ainda se percebe essa tal prática em nosso meio.
Ao desenvolver esse projeto foram trabalhados vários sub-temas tais como: o preconceito em geral, e vários outros tipos. O preconceito maléfico e o benéfico, o racismo. Também foram trabalhados: o reconhecimento e a importância do respeito a diversidade, a contribuição africana para a formação da Lingua portuguesa no Brasil, sobre o tráfico humano que deu  origem ao capitalismo mercantilista, reconhecimento da participação do povo afro e indígena na construção do Brasil, etc.
Está sendo, um trabalho, muito intenso o desenvolver desses conhecimentos, mas estamos conseguindo, avaliando a  cada dia a  produtividade.
Interessante a participação dos alunos, pois quando feita avaliação oral sobre o assunto deixa  claro o grande envolvimento de toda a turma nas respostas, e sempre positivas, demonstrando que dão bastante ateção  sobre o assunto.
Muito interessante também foi a produção de um cordel um dos tópicos para a culminância. Cada dia de aula separamos alguns minutos para a criação coletiva do cordel. Esses momentos foram oportunos para avaliar melhor a aprendizagem deles pois estão desenvolvendo o trabalho criando os mais variados  versos e estrofes coerentes ao tema, "SOMOS FILHOS DO BRASIL E NETOS DO MUNDO". A participação da turma se deu de uma maneira interativa pois quando um aluno produzia oralmente os versos todos ficavam atentos esperando sua vez e logo era feita a correção coletiva com o texto escrito no quadro. Mais gratificante ainda foi a troca de algumas palavras nos finais dos versos, a troca de palavras com rimas.
Um aluno disse:
 - Essa rima não deu certo tem que mudar,
Outro disse: - e aí? O que fazer pra encontrar uma palavra que rime com assunto, com respeito?
Outro responde: - rumo,assunto, preconceito, direito...
A conversa continuou e o tempo da aula determinado para a produção e correção foi pouco para tanto entusiasmo na busca de palavras. Eu particularmente achei muito proveitoso o envolvimento a provocação, a inquietação, interação na busca de palavras para completarem versos e estrofes, vi  nos olhos das crianças o desejo de produzirem da melhor forma  possível. Quando se passaram os minutos determinados para o tal trabalho, um grupo disse:
- Chíii, por hoje,conseguimos pró! O trabalho foi difícil mas valeu a pena.
Outro grupo falou:
 - Segunda-feira iremos continuar até completar o texto, não é?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ADQUIRINDO CONHECIMENTOS COM AS TIC

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Desde o primeiro dia na faculdade, lembro-me,no início do ano  2002,  senti a grande necessidade de estar inserida no mundo tecnológico. Logo ao iniciar o curso de pedagogia, procurei participar de um curso de computação afim de encontrar algo que viesse me auxiliar nessa nova busca. Porém por falta de tempo disponível  permaneci no referido curso, só trinta dias,  tempo em que pude me apropriar do conhecimento da máquina e a manuseá-la adquirindo um pouco de segurança. 
Logo foi criado o laboratório da UFBA,então com as aulas ministradas sob a orientação da professora Bonilla,consegui avançar. E também sempre que eu tinha oportunidade, estava no laboratório manuseando a máquina adquirindo cada vez mais prática. A minha preocupação, era estar na faculdade e alheia a uma ferramenta tão importante para o exercício da minha profissão como também  da minha trajetória nos estudos.
Adquiri avanço na parte teórica e na prática, acredito que é de grande relevância, o professor estar interado com as novas tecnologias, por isso pretendo continuar nessa busca sem medo do novo.
Escolhi uns temas importantes para estudo dentre eles: Inclusão digital, As políticas públicas da inclusão digital. Foi muito produtivo, os  conhecimentos,em relção esse assunto fluíram e continuo na busca de mais saberes. Ao dedicar-me à leitura desses textos, compreendi o quanto é necessário para o professor, pois o mundo como está com fronteiras não definidas e em constante mudança, precisamos nos preparar a cada dia para enfrentar novidades.  
No momento estou  participando do projeto UCA ( um computador por aluno) está sendo desenvolvido de maneira satisfatória onde todos nós cursistas estamos aprendendo muito junto com os nossos alunos. Observando essa interação professor-aluno percebe-se a importância do mesmo para a educação. No decorrer do curso tenho feito auto-avaliação e vejo  avanço no meu aprendizado embora incipiente, mas regado pelo desejo de progredir cada vez mais.
Os meus alunos demonstram muito interesse de estar inserido nesse projeto, eles participam com autonomia e mostram através do manuseio com as máquinas suas habilidades.
                                       Lana Sobreira Menezes de Sousa